domingo, 13 de setembro de 2009

Vou divagar....


Acordei....


Será que acordei mesmo?

Não... a resposta é não... li e re-li as páginas de Paulo Coelho.... identifiquei-me com elas... no silêncio dos dias inundados de sons da vida... meditei!

Meditei?

Não... a resposta é não... tomei decisisões com base em palavras que li... re-li...

Decidi?

Não... a resposa é não... ouvi os conselhos que pareciam acertados... e concordei com eles... tomei decisões com base no que pensei...

Pensei?

Sim... a resposta é sim... pensei tanto tanto e decidi...

Decidi?

Não... a resposta é não... decidi agir... porque temos que por vezes fechar a porta do coração e ouvir a razão!

Contrariei a filosofia de Paulo Coelho, que nos diz que devemos sempre tentar em vez de virar as costas... seguir aquilo que sentimos!


Então porque li? Porque concordei?


Tomei decisões que seriam acertadas... engoli as minhas vontades... meti os meus sentimentos num baú e tranquei...

E quando chegou a hora... fui dura... fui má... fui acertada... fui justa nas minhas deisões!


E quando procurei a minha chave do baú... não encontrei... alguém tinha-a encontrado...

Abriu o baú das minhas memórias... encontrou os meus sorrisos... riu da minha bonequinha...


Agora que o baú abriu... que fazer com tanta dureza... com tanta rigidez de principios que alguém ditou?


Ouvi... ouvi... ouvi e dei o meu ombro amigo... e o que me dera a mim?

A mim ninguém jamais dará o que espero...


Porque o que espero guardei numa caixa e joguei no rio... o baú não mais poderia ser usado... alguém encontrara a chave...


As águas correm no rio... e nada volta ao que foi... as águas correm no rio, e levam com elas a segurança que a água dissolve...


Segurança... sempre joguei pela segurança, pelo bem estar de todos, pelo melhor para muitos... e esqueci-me de mim!


Não segui na realidade as palavras de Paulo Coelho, não segui realmente os conselhos das minhas amigas... porquê?


Porque no momento, fazemos apenas metade do que queremos...e metade de certezas... são metade de incertezas... são metade de inseguranças... serão metade de meios erros?


Não... não são metade de meios erros... são erros...erros completos...

O coração não mandou... a justiça não foi feita... e ficamos a meio de um vazio angustiante que doi... que fica entalado entre a alma e a vida... e nos aprisiona numa gaiola á medida das decisões tomadas...


Não se volta a trás... o rio corre sempre...

Aprendemos com erros, lembranças, dores, sorrisos, aventuras...

Não aprendemos com palavras... aprendemos com gestos...

Não aprendemos pela experiência dos outros... aprendemos com os outros...


E não ouvimos o nosso "eu"... estamos todos os dias a matar o nosso "eu" em função das vivências... não usamos o que aprendemos...


Eu não me ouvi... porque não queremos ser duros com a pessoa mais importante.... nós mesmos... e sermos confrontados com o nosso "eu" é perder a batalha!

Sem comentários:

Enviar um comentário